Pedro Barbosa

Pouco mais de três anos atrás fiz uma escolha profissional complexa. Deixei um trabalho confortável, perto de casa, no setor público, para me aventurar no mundo da inovação, do empreendedorismo e da tecnologia. Como todo bom curioso, eu gostava do tema e já conhecia o Tecnosinos. Imaginei que a mudança ocorreria de forma natural, como uma troca de editoria num jornal. Da política para economia. Ou, da economia para o meio ambiente, esporte. Sei lá!

Nunca estive tão enganado. Como já comentei em outro post, o universo das startups possui todo um dialeto próprio: agile, pivot, open innovation, c-level, elevator pitch, etc. É praticamente um idioma. O idioma startupês.

Se engana quem pensa que o desafio se resumiu a escrever matérias sobre inovação e tecnologia. Era preciso um mais: compreender como essas inovações se relacionavam com os negócios das startups, em diversas áreas: agronegócio, construção civil, indústria, saúde, dentre outros. Nos meus textos, sempre procurei descrever de forma simples essa complexidade. Ao longo do tempo fiz muitas conexões, amizades e parcerias que sempre ajudaram, de forma colaborativa, a construir conteúdos de relevância.

Escrevi diversas matérias legais sobre os projetos do Tecnosinos: ações do Ecossistema de Inovação da Unisinoscampanhas solidárias na pandemiacriação de novos talentos em tecnologia, com startups de agronegóciobiotecnologiafoodtechs, softwares, segurança cibernética e também de projetos na Aliança para Inovação – UFRGS, PUCRS e UNISINOS) e criação digital.

O trabalho remoto, decorrente da pandemia, foi uma oportunidade para voltar a ler. E, com ele, aprofundar o conhecimento sobre esse idioma startupês. Em dois anos, foram mais de 35 livros sobre negócios, startups, inovação e empreendedorismo. Claro! Não faltaram livros de aventura e ficção também. As leituras e os podcasts (tem vários do Murilo Gun) ajudaram a manter a mente saudável no pior momento da pandemia, onde tudo era difícil e incerto. Mas, também, serviram de base para entender, de fato, esse negócio aê!

Consegui ter uma noção mais clara desse aprendizado nos últimos meses, quando retomei alguns contatos. Aos poucos, aquilo que sempre aconteceu de forma intuitiva, foi se transformando em estratégia. Pude compreender, de forma mais clara, toda essa ambiência e o aprendizado oportunizado ao longo desse período. Mas, é tempo de mudança. Hora de novos aprendizados. Na última segunda feira, 11, deixei a comunicação do Tecnosinos. Saio apreensivo, por deixar de ter o contato cotidiano com esse tema que tanto me identifiquei. Mas, com a certeza de que o aprendizado não se encerra aqui. Seguimos para um novo capítulo, onde seja possível aproveitar todo o conhecimento adquirido até aqui!

1 comment on “Um idioma chamado startupês

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