
Notícia falsa, desinformação ou fake news. Seja qual for o termo de sua preferência, você já deve ter ouvido falar de alguma dessas palavras que estão, a cada dia, fazendo mais parte do nosso cotidiano digital. Seja em sites, perfis em redes sociais, ou no WhatsApp.
Durante a minha Graduação em Jornalismo, em 2011, fiz uma pesquisa com o intuito de analisar como a credibilidade jornalística é afetada nesse ambiente web e como se relaciona com a checagem de informações em relação com o tempo. Em especial, como a velocidade exigida para as notícias afetam a checagem e o processo de apuração jornalística, fazendo com que, muitas vezes, o que é publicado não seja “verdadeiro”.
Mais tarde, em 2014, na minha Dissertação de Mestrado em Comunicação, analisei os sentidos que são produzidos a partir da morte como acontecimento, que pode ganhar outros contornos que não o seu sentido real (em especial na internet) e sua relação com o tempo para a apuração das informações.
Nos dois casos, o foco esteve em compreender como ocorre a divulgação de notícias falsas (atualmente gosto mais do termo desinformação), que criam uma zona de tensão na internet, este espaço onde não é possível, muitas vezes, discernir o que é real e o que não é. Um conceito que, com o avanço das ferramentas de inteligência artificial, vai ser ainda mais complexo.
Projetos como o @comprova buscam, através do jornalismo colaborativo, identificar e ajudar a enfraquecer as sofisticadas técnicas de manipulação e disseminação de conteúdo enganoso que vemos surgir em sites, aplicativos de mensagens e redes sociais.
E você? Já desconfiou de algo que viu na rede?
É preciso checar, para que o tempo não acabe com a nossa profissão.