Houve um tempo em que começaria esse texto com uma pergunta: Por quê? Afinal, perguntar é uma característica marcante de pessoas curiosas, assim como eu. Porém, aqui neste espaço virtual, passo a me definir de uma forma que condiz mais com os tempos líquidos em que vivemos. Sou, em resumo, um aprendedor.
Mas afinal, o que é isso? É de comer? Às vezes sim! Em outras não. Ser um aprendedor é ter aquela inquietude de não se satisfazer com a primeira resposta à uma pergunta ou tarefa. É querer entender o problema e lidar com ele de forma criativa, buscando inovar e com isso avançar.
Eu sou Pedro Barbosa, um jornalista formado em Jornalismo e Multimeios pela Unisinos (2011), com Mestrado em Comunicação – Linha de Pesquisa Linguagem e Práticas Jornalísticas pela Unisinos (2014).
Um traço marcante de um aprendedor é ser um generalista. Ou seja: possuir competências multidisciplinares, que convergem e permeiam em diferentes áreas. Por que (já falei que gostava de fazer pergunta) comigo seria diferente então?
Já fui empacotador, entregador de jornal, diagramador, fotógrafo nos aniversários de família, repórter e assessor de imprensa. Confesso que trabalhei numa ferragem, mas não levei muito jeito pra coisa (sofria bullyng por não saber o nome das coisas ou conseguir localizar o que o cliente queria no estoque🤡). Também ando aprendendo a ser piloto de drone (veja a prova aqui).
cultura, economia, esporte, geral, política, empreendedorismo, inovação e tecnologia. E muitas outras que ainda quero aprender.
Ah, também sei usar o Office (Word, Excel, Power Point – habilidade recém adquirida -, Outlook e OneNote. Não aprendi a programar. Mas, mando bem no editor visual do WordPress e já fiz um cursinho de phyton para jornalistas (focado em ferramentas de raspagem de dados na web).
Nasci no hospital de Tramandaí em 6 de outubro de 1983, quando Imbé ainda nem era município (que velho). Sou filho de José Pedro Barbosa e Gisleine da Silva Barbosa. Tenho dois irmãos: Joseleine e José Ernesto.
Comecei, ou melhor, fui jogado no mercado de trabalho no verão de 1998. No auge dos meus 14 anos, enquanto muita gente tava lá, curtindo a praia, o bonito aqui ficou empacotando compras no Febernati, um super que ficava na entrada de Imbé (Se você conhece a prainha, é onde hoje tem um Nacional. Aquele grandão perto da ponte). Foi entre um pacote e outro que ouvi pela primeira vez o som da banda que viria a ser uma das minhas favoritas. Naquele verão, a banda de rock gaúcho Nenhum de Nós lançou o álbum Paz e Amor, com singles como Da Janela, Eu Sei e claro, Paz e Amor.
Foram três verões nessa vidinha (1998, 1999 e 2000). Um período em que ganhei o meu primeiro dinheirinho (pq né, tem ideia de quanto eu ganhava por hora? Melhor nem comentar aqui) fiz boas amizades e adquiri uma habilidade que uso até hoje: a incrível arte de abrir uma sacola plástica rápido para guardar as compras no mercado.
Pode parecer pouco, mas pensa comigo. Se você, como eu, não nasceu rico, certamente faz compras. Sabia que elas não se empacotam sozinho? Se for em um mercado pequeno, onde não tiver empacotador, colocar as compras na sacola, ao invés de ficar com cara de taxo esperando alguém empacotar, vai otimizar seu tempo. E às vezes, também faz ganhar um obrigado. Acredite, funciona!
Queria logo começar a trabalhar na área. E, pintou uma vaga num jornal semanal de Tramandaí, o Jornal Dimensão. Porém, como toda boa desventura, a vaga não era de repórter, mas sim, de entregador de jornais. Combinei com a chefia que faria as entregas nas sextas-feiras e as cobranças de assinatura durante a semana. Mas que, nas quartas-feiras, dia de fechamento da edição, eu participaria do fechamento. Ou seja: ia ajudar a fazer também. Foi lá que o Rojoel (então meu chefe), me ensinou a diagramar. Aprendi a usar o Corel Draw (já disse que prefiro o Paint?) e o Page Maker, um software de editoração utilizado para a diagramação de jornais (se você não sabe o que é diagramação, clique aqui). Fiquei nessa vidinha de entregador/diagramador até 2003. Saí, tentei (e fracassei com sucesso) trabalhar na ferragem, voltei em 2004 e trabalhei como diagramador/repórter até 2005. De vez em quando rolava umas colunas sobre filmes.
Comecei com um estágio (onde ganhava em créditos) como diagramador na Agência Experimental de Comunicação da Unisinos – AgexCom. Como eu já sabia diagramar (e usar o Abode Indesign), também fazia matérias, escrevia uma coluna semanal de opinião e ajudava a equipe da área da área de Relações Públicas da agência a fazer o Paredão da Unisinos e alguns materiais gráficos específicos. Diagramava a Revista Primeira Impressão, cuja publicação ganhei um Set Universitário da PUCRS como melhor projeto gráfico (2008). Trabalhei na agência entre fevereiro de 2008 e março de 2009. O mais legal é, mais de 10 anos depois, ver que o logotipo que redesenhei ainda é utilizado nas publicações da revista. Foi um período de grande aprendizado, trabalho em equipe e muitas risadas.
Como não dava para viver de luz em Porto Alegre ou só com os créditos que a Unisinos abatia da mensalidade, precisei arrumar outro trabalho. Em paralelo ao estágio na agexCom, fui estagiário no gabinete do deputado Nelson Marchezan Júnior. Aprendi mais sobre assessoria de imprensa, planejamento estratégico, relacionamento com a mídia, trabalhar sobre pressão e a importância de priorizar tarefas. Por lá, trabalhei entre 2008 e 2012 (1,5 anos como estagiário, 1,5 anos como assessor de imprensa na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e 2 anos como assessor de imprensa na Câmara dos Deputados).
Entre 2012 e 2013 fui repórter na editoria de geral do Jornal NH. Aprendi a escrever uma boa matéria em 3.500 caracteres, com um texto mais conciso e menos literal (nas matérias, não aqui). Fiz cobertura de praia (aquelas matérias legais de verão onde a gente torra no sol meio-dia até encontrar uma fonte dentro dos pré-requisitos da pauta), matérias sobre o setor calçadista, esporte, oscilação de preços no supermercado e muitas outras. Recebi o Prêmio Jornalismo da 43ª Operação Golfinho – 1º lugar na categoria Jornalismo Impresso, com o texto “Os campeões de resgate”, escrito em coautoria com o também jornalista Marcelo Kervalt.
E não é que, entre 2017 e 2018, fui coordenador de Comunicação na Secretaria de Minas e Energia. Foi um período em que o aprendedor aqui se esbaldou de tanto aprender: aprendi sobre energia eólica, solar, fotovoltaica, hídrica e biomassa; o setor elétrico brasileiro e as suas complexidades, bem como as diferenças entre geração e distribuição de energia; o mercado de gás gaúcho e o seu potencial; o setor de mineração (a tradicional, que usa carvão e não a da fazendinha de bitcoins).
A curva de aprendizagem se consolidou em resultado de trabalho, num período em que aprendi a ser assertivo nas comunicações, bem como a criar um bom relacionamento com repórteres e colunistas, priorizando um contato mais próximo, acompanhando pautas e buscando informações que agregassem à pauta. Essa virada de chave, de entender que enquanto integrante do poder público, era nossa tarefa buscar informações úteis, com números relevantes, foi fundamental para o resultado alcançado nesse período.
Ah! Também sobrou um tempinho para participar de projetos de inovação e gestão do conhecimento dos ecossistemas de inovação do estado do RS, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (veja a prova aqui).
Entre 2019 e 2022 atuei como coordenador de Comunicação no Parque Tecnológico São Leopoldo – Tecnosinos. Aprendi que pivotar é mudar de direção e testar novas hipóteses, com base na experiência adquirida. Também conheci o fascinante mundo do empreendedorismo, das startups, da inovação e tecnologia. Fiz relacionamento com a imprensa, produção de conteúdo (altas matérias legais sobre os projetos do parque, ações do Ecossistema de Inovação da Unisinos, campanhas solidárias na pandemia, criação de novos talentos em tecnologia, com startups de agronegócio, biotecnologia, foodtechs, softwares, segurança cibernética e também de projetos em que participamos na Aliança para Inovação – UFRGS, PUCRS e UNISINOS) e criação digital.
Bah! Escrevi tanto que quase esqueci de contar! Também dou uns pitacos sobre futebol no Grenal Corneta.
Ufa! Se você ficou até aqui, saiba que já foram mais de 9.000 caracteres de muito aprendizado, compartilhamento de ideias e troca de conhecimento. Bora trabalhar, que ainda tem muito mais para aprender.